Luanda - Le ministre anglais des Relations extérieures, Tėte António, a exprimé ce mardi la nécessité pour les gouvernements angolais et portugais de définir un nouveau cadre de priorités stratégiques pour renforcer les relations commerciales et institutionnelles.
S'exprimant lors de la 3e session de la Commission mixte intergouvernementale bilatérale angolo-portugaise, le ministre Tėte António a déclaré qu'il était nécessaire d'élargir les domaines de coopération, d'élever le niveau et le cadre institutionnel pour l'augmentation des investissements angolais au Portugal et vice versa.
Il espère que la relation de travail entre les parties permettra de définir des objectifs concrets à atteindre, conformément à la nouvelle dynamique de coopération souhaitée.
Pour le chef de la diplomatie angolaise, il est nécessaire que les deux pays œuvrent au renforcement des relations bilatérales et multilatérales, que ce soit dans le domaine politico-diplomatique ou dans le domaine économique, financier et culturel.
Selon le ministre, dans cette IIIe session de la Commission mixte intergouvernementale, les parties sont appelées à travailler pour identifier de nouveaux domaines de coopération d'intérêt mutuel.
Tėte António s'est dit convaincu que l'établissement d'accords dans des domaines spécifiques faciliterait, en général, la coopération multiforme entre l'Angola et le Portugal.
Le responsable, qui a qualifié les relations entre les deux pays d'excellentes et prometteuses, a souhaité que les objectifs définis dans les différents domaines entre les deux gouvernements se traduisent par des résultats concrets et satisfaisants en faveur des deux peuples et pays.
Il a rappelé, d'autre part, que le Gouvernement angolais est engagé dans la recherche de solutions aux problèmes régionaux et internationaux, ainsi que dans la résolution des conflits en Afrique et au-delà.
Tėte António a reconnu que les dirigeants africains font des efforts et prennent des mesures courageuses pour promouvoir le progrès social et économique de leurs populations à travers des investissements dans leurs institutions et leur capital humain.
50 actes juridiques signés en cinq ans
A son tour, le ministre des Affaires étrangères du Portugal, João Gomes Cravinho, a informé qu'au cours des cinq dernières années, c'est-à-dire depuis 2018, 50 instruments juridiques avaient été signés et d'autres sont en cours de négociations, "ce qui montre l'intensité des relations entre les deux pays ".
Selon João Gomes Cravinho, la relation entre les deux pays est très profonde et prometteuse, car elle a de nombreuses possibilités de croissance et d'innovation.
"Nous avons des conjonctures économiques intéressantes des deux côtés, nous suivons donc attentivement le cadre des finances publiques angolaises et de notre côté nous avons également des nouvelles très positives sur l'évolution de l'économie portugaise", a souligné le diplomate portugais.
Luanda - O ministro das Relações Exteriores, Tėte António, manifestou, esta terça-feira, a necessidade dos governos angolano e de Portugal traçarem um novo quadro de prioridades estratégicas para impulsionar o reforço das relações empresariais e institucionais.
Ao falar na III Sessão da Comissão Mista Bilateral Intergovernamental Angolana-Portuguesa, o ministro disse ser necessário alargar os domínios da cooperação, elevar o nível e o enquadramento institucional para o incremento de investimentos angolanos em Portugal e vice-versa.
Augurou que a relação de trabalho entre as partes permita a definição de metas concretas a alcançar, em alinhamento com a nova dinâmica de cooperação desejada.
Para o chefe da diplomacia angolana, ė necessário que os dois países trabalhem no sentido de fortalecer as relações bilaterais e multilaterais quer no âmbito político-diplomático quer económico, financeiro e cultural.
Conforme o ministro, nessa III Sessão da Comissão Mista Intergovernamental as partes são chamadas a trabalhar para identificar novas áreas de cooperação de interesse mutuamente vantajosas.
Tėte António disse estar convicto que o estabelecimento de Acordos em domínios concretos facilitará, de um modo geral, a cooperação multifacetada entre Angola e Portugal.
O governante, que considerou excelentes e promissoras as relações entre os dois países, augurou que os objectivos traçados nos diferentes domínios entre os dois governos sejam convertidos em resultados concretos e satisfatórios em prol dos dois povos e países.
Lembrou, por outro lado, que o Governo angolano está engajado na busca de soluções para os problemas regionais e internacionais, bem como na resolução de conflitos em África e não só.
Tėte António reconheceu que os líderes africanos têm envidado esforços e tomado medidas corajosas para promover o progresso social e económico das populações através de investimentos nas suas instituições e no capital humano.
Assinados 50 instrumentos jurídicos em cinco anos
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, informou que nos últimos cincos anos, ou seja, desde 2018 foram assinados 50 instrumentos jurídicos, "o que mostra a intensidade do relacionamento entre os dois países e outros estão envias de negociação".
Enfatizou que o relacionamento entre os dois países é muito profundo e promissor, na medida em que contém muitas possibilidades de incremento e inovação.
"Temos conjunturas económicas interessantes de parte a parte, portanto seguimos com atenção o quadro das finanças públicas angolanas e do nosso lado também temos notícias muito positivas sobre a evolução da economia portuguesa", vincou o diplomata luso.
António Costa visita o país em Junho
João Gomes Cravinho considerou que o quadro é particularmente propício para preparar a visita do primeiro-ministro António Costa a Angola, agendada para o mês de Junho deste ano.
Acredita que a visita marcará um momento particularmente significativo no relacionamento entre os dois países. "Um relacionamento que é fraterno e permite pensar em muitas possibilidades novas".
Por outro lado, o chefe da diplomacia lusa notou que os dois países estão muito unidos no esforço conjunto de contribuir para a paz e progresso num quadro internacional difícil mercado por dificuldades e tensões em África e na Europa.
"É sempre extremamente útil e oportuno ouvir as ideias angolanas e ouvir sobre contributos angolanos para apaziguar conflitos que se registam neste continente e naturalmente somos todos afectados (...)", expressou.
Disse ser precisamente neste contexto de tensões e dificuldades internacionais "que faz sentido apostarmos nos valores seguros que se encontram precisamente nas nossas amizades mais próximas, daí valorizamos especialmente esta Comissão Mista Intergovernamental e a visita do Primeiro-ministro António Costa a Angola".